Parabéns ao Marketing Axiológico e à Rosa


Enviar este post



Relembrar (?)



All personal information that you provide here will be governed by the Privacy Policy of Blogger.com. More...



Escola de Atenas »» RAFAEL
A Rosa Dart, nossa querida amiga dos Açores, escolheu o célebre quadro de Rafael para celebrar o primeiro aniversário do Marketing Axiológico. Para quem não conhece, o Marketing aborda essencialmente assuntos relacionados com a Filosofia (ou seja, quase tudo) e já nos proporcionou longas e interessantes conversas. Parabéns ao Marketing e Parabéns à Rosa que bem os merece! E que nos façam companhia por muitos e longos anos.
Ps. Já me esquecia, o Marketing vestiu roupa de gala e está muito mais giro. Hehehe...


6 Respostas a “Parabéns ao Marketing Axiológico e à Rosa”

  1. Anonymous Anónimo 

    Felicidades, Rosa!!

  2. Anonymous Anónimo 

    Oh... que queridos... não era preciso tanto... vocês não vêem daí mas tou envergonhada até! Que post mais personalizado, obrigado Vitor. Fico mesmo satisfeita e contente pelo teu acto e pela tua presença constante neste ano. És um amigo que acompanha. Um bom amigo.

    Lu, obrigado pelo teu calor. A simpatia é universal, mas em Brasileiro fica sempre mais quentinha. :)
    Obrigado a todos mais uma vezinha.

    Vitor, pois, este background tá melhorzinho. O outro assustava o demo. :)

  3. Anonymous Anónimo 

    ah já agora, um bocadinho de filosofia! :)
    o quadro de Rafael (artista do renascimento), é dos mais usados na filosofia para estas coisas, porque retrata a escola de atenas (antiga grécia).
    lá vêem um antro de verdadeiros génios, e todos eles estão numa posição que não é por acaso. se repararem bem, verão que no centro está platão a apontar para cima - idealismo - e ao lado, à sua esquerda, verão aristóteles a apontar para a frente - realismo. ok? os outros tb têm a sua historieta, não me lembro de todos, mas o que está nas escadas todo badalhoco é diógenes, o cínico, das escolas pós-aristotélicas, e por aí fora. :)
    se a fátima aparecer por cá deve acrescentar mais qq coisa, tb é formada em fil e pelo que me consta, uma adoradora da grécia.
    beijos e abraços a todos!

    obrigadoooooooo. :)))

  4. Anonymous Anónimo 

    Rosinha, além do que já disseste emuito bem:
    "...O quadro “Escola de Atenas” é dividido por grupos de figuras, que são chefiados por filósofos e pensadores renomados (Sócrates está à esquerda, o grupo de Heráclito mais abaixo, Epicuro está ao centro sentado sozinho na escada etc.). O grupo de Ptolomeu e Zoroastro, à direita, é o que traz para o interior do ambiente platônico os artistas, sem ter de pedir licença e sem clandestinidade. Pois de fato, Ptolomeu tem como discípulos artistas plásticos. Se há porta aberta para todos os discípulos de todas as escolas de sábios, é de justiça que os de Ptolomeu também entrem. Trata-se de uma subversão, sim, mas quase sob fundo legal. Assim, em torno de Ptolomeu estão alguns pintores, e Rafael seria aquele que representa Apelles - ao lado do amigo do verdadeiro Apelles, Sodoma -, um pintor grego do qual não há nenhuma obra salva, embora ele tenha conquistado os renascentistas (fig. 4 e fig. 5).

    Mas a subversão não pára aí. Rafael, à maneira do filósofo estadunidense Richard Rorty, redescreve a filosofia colocando ainda mais um plano alegórico. Afinal, como sabemos que Rafael faz o papel de Apelles? Não precisamos de informação erudita para descobrir o “truque” de Rafael: há outros “personagens” no quadro que são, digamos, atores. Eles são artistas e, como artistas, fazem o papel de outros. O artista é, afinal, o mestre do fingimento. Só que não são artistas do teatro. São pintores, desenhistas. São os autores da meta-arte: os produtores dos personagens que fazem papel de outros personagens. O fingimento do fingimento: Rafael não segue as imagens da Grécia antiga para os rostos de alguns dos filósofos. Heráclito aparece com o rosto de Michelangelo Buonarrotti. Euclides usa a face de Donato Bramante. E o próprio Platão não é ninguém mais ninguém menos do que Leonardo Da Vinci (figs. 6, 7, 8 e 9)

    Pelo quadro todo, Rafael dá o sexo da filosofia. Se levada a um veterinário, este diria com ela ainda no colo de quem a carrega, vendo de longe: "não é macho nem fêmea - e nem será gay!". A filosofia é uma subversão de si mesma - só assim é filosofia.

    Rafael, como o vejo pintar, faz filosofia - autêntica. Sua audácia é fantástica, e sua capacidade de ironia com o Platão canônico é digna do que há de melhor na arte. Pois na medida em que ele coloca personagens (artistas plásticos fazendo o papel de filósofos) no quadro, o que ele começa a fazer é a montagem de um teatro. Os artistas plásticos se portam como atores, desempenhando o papel de filósofos. Rafael transforma a arte plástica em arte cênica. Assim, no seio do cenário platônico, aquele no qual, idealmente, não deveria haver artistas, entram não só os "artistas copiadores" - pintores - mas também os que o Platão canônico odiaria: os atores, os que não só fazem a cópia da cópia mas trabalham com o fingimento. Rafael não introduz apenas o falso no reino da verdade, mas a mentira no reino da justiça e do verdadeiro (a mentira é a falsidade intencional, na definição de Derrida). O mundo platônico é subvertido. Com ele, a própria filosofia. E então, ela se realiza! Rafael faz a melhor filosofia sendo artista plural, e faz a melhor arte sendo filósofo perspectivista.

    A arte da maquiagem, do disfarce, se confunde com a arte da conversação e da sobreposição imagética. Quase tudo que Nietzsche diz das mulheres, para condenar o feminismo como elemento que irá destruir a força da fêmea (sua força é ser fraca), é o que Rorty e o neopragmatismo poderiam muito bem dizer da filosofia, junto com Rafael – sem que isso tivesse qualquer conotação pejorativa e, portanto, em sentido diferente do sarcasmo de Nietzsche contra o feminismo. Mas ainda assim a filosofia não é mulher. Pois ela, a filosofia, não é algo a não ser o seu desmentido.

    O quadro de Rafael faz filosofia como Adorno diz que deveria ser a filosofia: aforismos que usam da teoria de outro voltada contra esse outro, e da própria teoria como auto-destruição. Quando lemos os aforismos de Adorno, temos a impressão que ao final ele vai emitir a seguinte mensagem: "esse aforismo se destruirá dentre cinco seg ... Bum!" O quadro de Rafael nos dá essa sensação."
    in (http://www.ghiraldelli.pro.br/Rafael.htm)

  5. Anonymous Anónimo 

    Nice :)
    Aprendi muito com o excerto! Obrigado Fátima.
    Abracitos a todos vós.

  6. Anonymous Anónimo 

    aprende-se tanto neste blogue ;)...obrigado fátima!

Comentar

      Convert to boldConvert to italicConvert to link

 


O Blog

  • O POVO É BOM TIPO PRETENDE SER UM LOCAL DE PARTILHA ONDE LIVREMENTE SE TROCAM GOSTOS, AFINIDADES E INSTANTES DE VIDA. NÃO MAIS DO QUE ISSO.

A População

Séries

Últimos Posts

Livro de Ponto

Arquivo

Periferia

Outras Cidades

Cidades Desabitadas

Outros Povos

Manutenção

  • + Blogger
  • + BlogRating
  • + Blogwise
  • + eXTReMe Tracker
  • + A Música do Povo
  • + Os Links do Povo
  • + Protegido por CreativeCommons