VOLTEI PARA DIZER QUE NÃO DÁ MAIS PARA CONTINUAR A FAZER DESTE BLOG 'UM BLOG SÓ MEU'. O POVO É UMA BOA CASA, PEÇO AOS ANTIGOS MORADORES QUE VOLTEM E DIGAM ALGO. VOU AFASTAR-ME E PROVAVELMENTE FICAR SEM TEMPO PARA VIR CÁ DIZER UMAS COISAS. O POVO SEMPRE FOI UMA CASA CHEIA DE GENTE, E NÃO SÓ MINHA. POR ISSO, SE POR VENTURA ME APETECER CRIAR UM BLOG PESSOAL LÁ O FAREI A PARTIR DE DELFT. E AVISO. BEIJOS PARA TODOS OS QUE FORAM DESPERTADOS PELO POVO.
Boa praia água quente, show de piratas e babana boat. a estadia no Brazil vai de vento em poupa, logo de início quando nos cruzamos com o Wolf Maia no aeroporto em S. Paulo mesmo no meio da confusão da greve dos controladores.
...e porque temos por aí uns dias animados... Bom Carnaval
não fui. levaram-me. enquanto te despedias, distrai-me com um homem, também de pena, e me alheei de tudo. meu amor minha dor emergia à superfície da memória, comigo a retorquir, não, nem amor nem dor. já não tenho a ferida. mal sabia da tua partida. alivia-me a tua nova viagem. felicito a tua coragem, para este penúltimo passo. terás aviado o lacaio…libertaste-o… irás mais tarde buscá-lo de novo. tudo se encaminha. a tua dúvida restará até ao fim. acaso passe os últimos tempos de vida com o menino de cabelo cor de palha e olhos de leite azul, ou não. sentiste tudo. como me fez querer aquele menino, com quem mais fiz par, o corpo que mais e melhor sinto na distância. como saltei logo para o colo dele, e o teu não, quando de noite me vieste visitar, depois da criança ter nascido, como uma ofensa para ti, a criança e o salto que não dei. havia uma luz fresca e muito clara que me envolvia quando me ouviste pensar, desisto, eu desisto. a minha dúvida já mais não existe. o meu coração voltou a disparar com medo de ti. porque o menino de cabelo cor de palha e olhos de leite azul suplantou-te, na procura incessante da mãe de todas as outras. e eram tantas. para que sintas de facto, para que o teu corpo to diga, a tua voz se torne clara, e a tua mão genuína. sem exercícios de estilo, na mais pura nudez da alma. na humildade aprendida, ao desprender. tem cuidado para não pisar esta flor. como sempre te ofenderam as flores viçosas e como sempre lhes puseste o pé em cima, tem cuidado. querida tristeza, presa de escudo na mão, não me magoes não. todo o amor nasce e morre. poderá renascer, mas nunca senão depois de uma morte tão prevista.
...mais uma experiência no tablet PC já com um colorido bem brasileiro...
aqui vou eu a caminho de Florianópolis no próximo mês de Março. Passarei por lá a Páscoa, vou provar os ovos de chocolate do Estado de Santa Catarina, curtir um sol bem gostoso, rodear-me de amigos puros conhecer gente nova e desfrutar daquela maravilhosa e (dizem) apaixonante ilha. Pelo percurso será feita uma palestra na UDESC a reforçar o meu PHD programme. Talvez dê um salto a Brasília...muito tentador. Vou ver no que dá.
a língua acordou. o silêncio havia revelado tudo. o dia chegou e tudo ruiu. mostrou-se e disse, peço desculpa, envergonho-me do que sou, mas sou mesmo assim, egoísta e egocêntrico, adoro saber que ficam presas à espera de uma palavra, a algo que sugeri, que vão pensar que me poderei ter magoado, preocupadas que estão comigo, sonham comigo à noite, agora que a fama e o sucesso me invadem e lhes ludibria o olhar, já não conseguem ver os suspensórios que me sustentam a barriga, e o olhar de alguém que foi abandonado e por isso anda à caça de presas frágeis para sugar. mas, apenas até quando lhes sente o cheiro da ansiedade, quando o faro o avisa da obsessão e da loucura, confronta-as, com violência de bruto que é, faz despertar a inocência imprudente, e o pior. mas se alguém o recusar, não entende. que não o quer, que nunca o quis, que não se sujeita a guerra mental, que não há dinheiro que compre. não entende que não se vê ao espelho, porque não quer ver que está magoado, e por isso descarrega a sua ofensa no desprezo por quem passa, tão simplesmente para o cumprimentar. mesmo assim prefere acreditar que não, de tão solicitado não quer dar palavras que matem o seu egoismo, prefere acreditar que continuam presas, por ele, não faz esforço para as conhecer, não quer, são objectos para se entreter,mas apenas até quando sente o risco. de ter perdido. o mar agora calmo lembra a viagem para breve. do outro lado do aceano tudo irá florir.
e mais haveria para contar não fosse o vazio que permeia estas muralhas e silencia a voz adormecida na língua. não se move, teme a repercussão das palavras, os sons que possa provocar, os tons que possa induzir. exausto da fuga que vem traçando baixou as armas e manso tenta limar as arestas das rupturas que vem provocando. E como está entretido a limá-las a grão cada vez mais fino, diria mesmo que com jeito e calor, poderia fundir as partes, se quisesse. mas não, resguarda-se na caixa preta da criação, e aguarda o dia, sabendo qual, em que tudo irá ruir, talvez para depois poder crescer em solo limpo e aragem livre e vazia de burburinho entorpecedor e assim poder florir, finalmente.
First KissWilliam Bouguereau é um mimo esta pintura...devo dizer que amo do fundo da alma o momento captado nesta imagem.
pela pureza, pelas asinhas, pelas nuvens, como eu queria lá estar...pelas faces ruborizadas, pelo infinito...adoro isto.
Parece que roda, mas não, está tudo na mesma...
...mas não se deixem apanhar por isto...
Primavera . Sandro Botticelli
Firmam-se hoje 32 Primaveras de graça, e graças pela sorte que tenho por ser tão guiada e protegida. A todos muito obrigada.
algures no museu do vaticano Gosto de imagens de anjos guereiros, que surgem claramente de armadura e arma na mão. Lutam e se for preciso matam, em nome da luz. estas imagens sim, transmitem a sensação de ser verdade.